As expectativas para a situação político-econômica do país neste ano de eleição não são as melhores e o cenário se mostra muito nebuloso para o próximo ano. Economistas, investidores e especialista do mercado financeiro reduziram as previsões do crescimento do PIB do Brasil em 2014 para patamares inferiores a 1%, registrando recuo nas atividades da indústria e comércio, enxugamento de R$ 13,4 bilhões nas linhas de créditos bancários pelo risco de inadimplência nos empréstimos, além da expectativa de aumento nos preços e serviços – energia, combustível – resultando em alta na inflação.
Em cenários de crise e incertezas como este, é fácil ficar paralisado, sem ação, aguardando que uma mudança positiva externa aconteça. Esta atitude, no entanto, normalmente resulta em energia psíquica e emocional dispersada, sem que se produza nenhum resultado positivo.
A alternativa a apenas se lamentar é utilizar todo o nosso potencial para identificar ou criar oportunidades. Mesmo em situações com a que estamos passando é possível concentrar energia, criatividade e planejamento na identificação de oportunidades na vida, carreira e negócios.
Pensando na perspectiva da vida, por exemplo, aquelas pessoas que têm uma reserva investida podem aproveitar seu poder de barganha na compra de imóveis. Em todos os cenários há os dois lados da moeda – de um lado alguém precisando vender bens móveis ou imóveis para saldar dívidas e fugir das altas de juros e do outro lado alguém com recursos querendo comprar, encontrando neste momento uma situação favorável.
Na carreira, é muito natural que durante períodos de crise e incertezas, seguidos de uma queda significativa nos negócios, que as empresas passem a exigir mais performance, cautela e posicionamento estratégico, atitudes opostas nos momentos de bonança quando há muita circulação de dinheiro e a ousadia, tática e capacidade de assumir riscos são valorizadas. Desta forma, no mundo corporativo, vemos a inclusão de novos processos para avaliar crédito, minimizar riscos e estar em conformidade com os sistemas regulatórios. É uma gestão marcada por feedback constante e busca de receitas alternativas, para compensar as a redução ou perda de negócios. Diante deste cenário, se faz necessário um planejamento de carreira para avaliar de maneira mais estratégica os impactos da crise no seu setor, empresa, divisão e na sua equipe. Além disso, será importante uma auto-avaliação sobre suas competências gerencias e estratégicas e alinhamento às expectativas da sua empresa, supervisor direto para possíveis ajustes e renegociações.
Não será suficiente ser apenas técnico e tático, é importante ir além, em busca de soluções alternativas para atenuar os impactos na sua performance. Em períodos de cortes e reestruturações, é importante uma avaliação crítica pessoal e profissional. Pode ser o caso de aproveitar o momento para investir em um processo de coaching, mentoring, formação acadêmica formal, cursos complementares, etc, para se preparar para desafios na sua área atual ou até mesmo se considerar uma transição de carreira.
No mundo do empreendedorismo, o empresário sente o impacto da desaceleração dos negócios diretamente no seu bolso (parte mais sensível do corpo), ficando mais evidente os seus custos fixos – aluguel, despesas com folha de pagamento, carga tributária, dentre outros custos que são diluídos quando a economia está aquecida. É importante investir em um planejamento de cenários e negócios, visando avaliar alternativas para redução de custos e incremento das oportunidades. É crucial pensar em parcerias, fusões e reposicionamento estratégico, visando reduzir custos fixos e otimização da execução de serviços em escala. Este é o momento de considerar um processo de business coaching ou uma consultoria em planejamento estratégico para antecipar ações e medidas para ter vantagens competitivas em um mercado que muitos adotam uma posição mais passiva, perdendo tempo e dinheiro.
E você, qual o seu plano para transformar a crise em oportunidade?
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Maria Paula Fabrizi Pires
Texto perfeito!